
Ainda não há pesquisas suficientes para se ter certeza de que é totalmente seguro alisar ou relaxar artificialmente o cabelo durante a gravidez. Por esse motivo, muitos médicos acreditam que o melhor é evitar fazer alisamento, principalmente no primeiro trimestre de gestação, fase crucial na formação dos órgãos do feto.
Escova progressiva e outros tratamentos para alisar os cabelos são procedimentos feitos com produtos químicos. O mais comum desses produtos é o formol ou formaldeído, uma substância apontada como cancerígena pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com a Vigilância Sanitária (Anvisa), agência do governo que regulamenta esse tipo de produto, o formol só é permitido na cosmética agindo como conservante (concentração inferior a 0,2%, a qual não tem poder alisante).
Tenha cuidado mesmo com os métodos mais recentes, propagandeados como mais seguros ou livres de química, porque eles também podem conter formol e ser igualmente tóxicos sem você nem saber. Nos rótulos, o formal pode aparecer com nomes como formaldeído, formalina, metil aldeído, metileno glicol, oxido de metileno, metanal, formalida 40, morbicida, BFV, formalite, aldeído fórmico.
Existem produtos certificados pela Anvisa com propriedades alisantes sem formol, como ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio, hidróxido de guanidina. Ainda assim, o ideal é que sejam analisados caso a caso pelo obstetra.
É preciso muito cuidado ao selecionar o salão onde é feito o alisamento, porque não é incomum que o formol seja acrescentado depois à mistura industrializada para potencializar o efeito das escovas progressivas. Fique de olho em onde e com quem você faz o procedimento, e sempre demonstre sua preocupação com o fato de estar grávida.
Peça para ver a embalagem de qualquer produto que entrar em contato com sua pele e procure a certificação da Anvisa. Não use nada que seja caseiro.
Por outro lado, alguns especialistas acreditam que a quantidade de produto absorvida pelo corpo é pequena demais para ser preocupante, desde que as mullheres não abusem dos tratamentos e esperem passar o primeiro trimestre.
Além da dúvida sobre a absorção dos componentes da fórmula pela pele, os vapores químicos que se espalham no ar no momento da aplicação devem ser o menos possível aspirados pela gestante, porque podem ser prejudiciais ao bebê. O ambiente deve ser bem arejado.
Quem trabalha em salão de beleza e está grávida tem que se proteger bem do contato com esses vapores (consulte o obstetra para saber que tipo de máscara é proteção eficaz, pois a máscara comum não protege contra gases inalatórios e formol), e usar sempre luvas ao manusear produtos. Outra dica é trabalhar perto de janelas, por causa da ventilação natural.